quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É estranho gostar tanto do seu all star azul?!

Não, não é. Não existe uma pessoa que já não tenha usado ou, pelo menos, conheça o All Star. Esse clássico tênis de lona que já centenário, é astro do nosso post de hoje!


Dizem que quanto mais velho, mais gostoso fica. Surrado, customizado, com cadarço de cores diferentes. Cada um tem seu próprio jeito de usar All Star, o tênis que não sai dos pés de muitas gerações. Jovens e adultos, universitários, roqueiros, profissionais liberais e celebridades, o All Star é sucesso em todas as tribos. Não é de hoje que famosos exibem seus pares. Companhia para todas as ocasiões há quem afirme que não vive sem ele.



Todo esse sucesso começou em 1908, quando a Converse Rubber Company foi fundada pelo norte-americano Marquis Converse, na cidade de Malden, em Massachusetts. Mas só em 1917, a empresa lançou a linha de calçados esportivos, incluindo o tênis feito de lona e sola de borracha criando um calçado inovador, que revolucionaria o basquete.



Em 1921, Charles “Chuck” Taylor, jogador universitário que logo se tornou profissional, juntou-se a Converse e colocou novas idéias para uma versão do All Star. Ele mudou o desenho da sola para criar mais tração, adicionou uma proteção no calcanhar para melhor apoio e proteção ao tornozelo dos jogadores. Só então foi lançado em 1923, o Converse All Star com sua assinatura foi um sucesso instantâneo, sendo considerado o tênis oficial dos jogadores de basquete americanos.


Durante a Segunda Guerra Mundial, o All Star foi escolhido como calçado oficial das forças armadas americanas pelo seu design básico, o conforto, a durabilidade e funcionalidade. Até 1947, o All Star só era encontrado na tradicional cor preta. Mas isso mudou com o lançamento do tênis na cor branca, criando assim mais uma opção básica para seus consumidores.


O sucesso continuou e nos anos 50 e 60, estrelas de cinema e do rock adotam o calçado. James Dean não saía jamais sem os seus durante a filmagem de “A Fúria da vida”. Bruce Springsteen, Graham Nash e Eddie Van Halen eram vistos calçando-os em seus shows. Até 1955, cerca de 100 milhões de espectadores assistiam aos jogos da NBA e o Converse All Star Chuck Taylor tornara-se o calçado número 1 na América.



Na década de 60, Hollywood utilizava cada vez mais seus produtos no cinema. A distância entre os mundos do esporte e da moda começava a diminuir. Outras marcas iniciaram o desenvolvimento de calçados com tecnologia mais avançada e em materiais mais adequados ao basquete. A empresa responde a esta demanda agregando cores e materiais como o couro; e lança em 1966 a versão cano curto (conhecida como Oxford) e em cores variadas.



É o começo de uma nova história. Nos anos 70, O All Star firmou seu espaço quando ganhou definitivamente os pés do rock n’roll. Apesar disso, o tênis sentiu a ameaça de perder seu lugar estrelado frente ao crescimento de marcas como Nike, Reebok, Puma e Adidas. Mas o tênis seguiu sua trajetória impulsionada pelo “lifestyle”.



Foi febre nos anos 80 e nesta década, algumas personalidades entraram para a história como adeptos dos tênis, entre eles o roqueiro Kurt Cobain, do Nirvana, e os integrantes do Ramones, que acabaram arregimentando usuários entre os fãs de suas bandas.


Em 2001, a Converse sofreu com altas dívidas e seus títulos chegaram a valer menos de US$ 1 na Bolsa de Valores. Tal queda lhe valeu lugar no capítulo 11 da lei americana de empresas em falência. Foi neste momento que a Converse foi assumida pelo fundo americano de Footwear Acquisition por €125 milhões. A produção começou a ser realizada na Ásia, e as filiais estrangeiras foram fechadas e convertidas em distribuidores e passaram a ter contratos de licenciados.


Em 2003, a empresa foi comprada pela Nike por US$ 305 milhões, quando ainda enfrentava enormes dificuldades financeiras, basicamente pelo valor da marca. Para a Nike, a compra da empresa iria ajudar a ocupar um espaço que a marca ainda não conseguia tomar: tênis de preço mais baixo.

Nos anos seguintes, aos poucos a marca All Star foi reconquistando ex-clientes e outras várias gerações. Rapidamente o produto voltou a se tornar um básico, um ícone de juventude descolada e moderna. Hoje, com um nome que pesa mais de US$ 2 bilhões em vendas, a Nike não apenas resgatou definitivamente a marca All Star, como transformou o tênis de bico branco em líder entre os varejistas de muitos países.


Em 2008, o tradicional tênis completou um século de existência. Mesmo com a idade, a marca de tênis, uma verdadeira estrela no segmento, vem vestido jovens e velhos, homens e mulheres, crianças de todos os países, e nunca foi tão popular e moderna, mesmo tendo que lutar hoje contra a falsificação. A cada ano, centenas de milhões de pares são vendidas no mundo, 30.000 por semana, segundo a marca. Mais do que uma moda, All Star é uma epidemia.


Superdose!

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