Lágrimas de quem sabe o que é ser campeão!

Pra mim, era mais que um desejo. Era um sonho. Um sonho real, daqueles que se tem em uma noite de sono.

Sonhei que o meu irmão que, junto com meu pai, me ensinou o quanto era bom torcer pelo maior time de Minas, cheios de glórias, títulos, instituição eficiente e torcida apaixonada, veria esse título. Sonhei que sua temporada em Belo Horizonte seria marcada pelo jogo em que viveria essa vitória de perto.

Não veio.

Mas veio uma alegria que o Sport, o Palmeiras, o São Paulo, o Grêmio, muito menos o Atlético-MG não viveram...

Alguns até viveram antes, outros não, mas é a alegria que o meu time agora vive que me faz olhar pra essa derrota com os olhos de quem vibrou com mais um gol importantíssimo do Henrique!

Um jogo difícil, duro, catimbado, mais uma vez a braveza mau caráter dos argentinos tomou de nós, brasileiros, estarmos mais próximos das suas agora 22 Libertadores.

Mas uma braveza também do Kléber que segurou seu jeito explosivo e jogou como nunca.

Fica um “valeu, Ramires”, o eterno guerreiro azul, que ficou claramente nervoso em nos dar esse título como um “muito obrigado por tudo”.

Obrigada, Fábio, que fechou o gol no jogo de ida e deixou a nossa quarta-feira tão alegremente azul-celeste e confiante, em todos os cantos de Minas.

Valeu a confiança, o espetáculo no Mineirão.

Valeu, Jonathan, Marquinhos Paraná, Wagner, Léo Silva, Gérson Magrão, Wellington Paulista, Adilson Batista.

É bom saber que essa alegria, mesmo transformada em lágrima em alguns momentos, é para poucos. E o futebol é assim: quem chega lá é que é feliz: está sujeito a grandes decepções, mas também a vitórias gloriosas; quem não chega, não chega. E vive do passado.

VALEU, CRUZEIRO!